Desde segunda-feira (13), o comando da PMA (Polícia Militar) está sobrevoando áreas afetadas por incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense. O problema segue causando grandes transtornos e prejuízos na região. O tenente-coronel José Carlos Rodrigues, comandante da PMA, e o major Cleiton Douglas da Silva, subcomandante, verificaram que são mínimos os focos advindos de causas naturais. A maioria é resultante de ação humana.
No primeiro dia de viagem, a dupla se reuniu com autoridades de Miranda. Nesta terça-feira (14), o mesmo acontece em Corumbá, com o objetivo de discutir estratégias para minimizar os incêndios na região pantaneira.
Segundo a PMA, a chamada queima controlada ainda pode ser permitida para áreas agropastoris, desde que cumpridas as diversas condicionantes impostas pelo órgão ambiental na concessão da autorização. Para isso, é necessário procurar o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
A proibição da queima controlada começa no próximo dia 01º de agosto, com prazo até o fim de setembro, por conta da época do ano que, costumeiramente, é marcada pela estiagem. No caso do Pantanal, o período restritivo é maior, prolongando-se até o término de outubro.
Cartilha
Por meio de parceria com o Sindicato Rural de Campo Grande, o comando da PMA está em fase de conclusão de uma revista nos mesmos moldes da Cartilha do Pescador. Desta forma, os produtores serão orientados sobre como retirar as licenças, com passo a passo para cada tipo de atividade, assim como o que é permitido e o que não pode ser realizado nas propriedades.
O projeto foi desenvolvido após a Polícia Militar Ambiental verificar que a maior parte das autuações nas propriedades rurais acontece pela falta de atitudes simples para se conseguir legalizar aquele evento que motivou o auto de infração.
“De fato, a PMA nunca quis autuar ninguém, até porque quando se autua o dano já foi causado, e a função constitucional da Unidade de Fiscalização é a prevenção. O comando acredita que a informação e a educação sempre foram as melhores armas para a minimização dos problemas ambientais”, esclarece a instituição, em nota.